OS INTERESSES MANIFESTADOS NO JOGO SOCIAL DA FUMICULTURA NO VALE DO RIO PARDO/RS: UMA ANÁLISE DO PERÍODO DE 2002 A 2005
DOI:
https://doi.org/10.54399/rbgdr.v19i3.6051Palavras-chave:
Fumicultura. Vale do Rio Pardo. Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco. Teoria da Produção Social. Jogo Social.Resumo
O artigo teve como objetivo analisar os interesses manifestados no período de 2002 a 2005 pelos atores sociais interessados na fumicultura no Vale do Rio Pardo no Rio Grande do Sul, região que possui a maior concentração de lavouras de fumo e do complexo de indústrias fumageiras no Brasil. Lá, a fumicultura é desenvolvida por agricultores familiares em um sistema integrado de produção que consiste em contratos com indústrias transnacionais. O período estudado foi selecionado por compreender disputas em torno da ratificação brasileira à Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, um tratado com o objetivo de frear a epidemia mundial do tabagismo. As análises do estudo tiveram como referência principal a Teoria da Produção Social de Carlos Matus, que possibilitou identificar atores sociais, fatos sociais e os interesses manifestados pelos atores. Foram constatadas a existência de relações de interesse de conflito entre fumicultores e indústrias quanto à distribuição de renda e condições de trabalho; relações de cooperação entre fumicultores e indústria e conflito com atores do governo brasileiro e organizações antitabagistas em fatos sociais associados ao controle ao tabaco. Concluiu-se também, que a constituição e ratificação brasileira a um acordo mundial de controle do tabaco não alterou as regras básicas desse jogo social.
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